Aos 38 anos a socióloga, ativista política, feminista e vereadora Marielle Franco teve a vida interrompida, em decorrência de divergências políticos e sua corajosa atuação em defesa das minorias. Uma vida silenciada que sempre atuou em defesa dos direitos humanos, soma os terríveis índices de mortes ocasionadas pelos interesses do capital.
Este fato materializa o quanto a vida está banalizada em detrimento dos interesses de acumulação, e se essa vida é feminina, preta e periférica, vale menos ainda.
Uma mulher que não se calou diante da opressão do patriarcado e deu voz a todas as pessoas que foram invadidas por este sistema desumano. Marielle sempre se posicionou contra todas as formas de violências nas favelas, enfrentou o preconceito e discriminação sendo voz ao povo nordestino, pela equidade racial e pela população LGBTQIAPN+.
Uma mulher aguerrida que reconhecia seus pares e a força coletiva, deixou-nos legado: “podemos ser diversas, mas não somos dispersas!” Marielle Franco,
Sete anos se passaram e sua luta permanece viva, sua memória será enaltecida por todas nós, pois lembrar é combater.
Com passos bem lentos, a justiça começou a ser feita seis anos após sua trágica partida e de seu camarada Anderson.
Resistir é preciso, mas almejamos o tempo em que não será mais necessário tanta luta e resistência, onde teremos respeito e igualdade de gênero, num outro molde de sociedade.
Até que isso ocorra, sua memória Guerreira segue firme!
Sua potência permanece viva em cada mulher que não se cala, em cada uma que enfrenta a brutalidade da violência de gênero e por aquelas que sequer conseguem se manifestar.
Não vamos esquecer, o luto que se expressa em luta e fortalece a democracia!
“A voz que o sistema quis calar, ecoa mundo afora, transformando indignação em organização.”
Luciane Dias
Assistente Social
Referências Bibliográficas:
https://baoba.org.br/tag/mulheres-negras