fbpx

Reflexões sobre o Dia do Desarmamento Infantil

Pode soar estranho o encontro dessas duas palavras, “desarmamento” e “infantil”, mas é justamente nessa aparente incongruência que reside a urgência da reflexão.

Ontem foi o Dia do Desarmamento Infantil, e ele nos convida a um olhar atento e crítico sobre as consequências, muitas vezes sutis e naturalizadas, do incentivo e da exposição de crianças a armas, sejam elas de brinquedo, virtuais em jogos digitais ou elementos presentes em brincadeiras cotidianas.

O  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069/1990, reforça a importância de iniciativas que visem um ambiente seguro e livre de violência para crianças e adolescentes, prevendo também, medidas de proteção em situação de risco pessoal e social desse público, o que pode incluir aqueles expostos à violência armada.

O Estatuto do Desarmamento, Lei nº 10.826/2003, proíbe a fabricação, venda, comercialização e importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo que possam ser confundidos com armas reais.

Desde 2001, o dia 15 de abril se estabeleceu como um marco para dar visibilidade a essa questão séria e multifacetada, que transcende as barreiras da idade. Afinal, a responsabilidade pela educação para a não violência é compartilhada por pais, responsáveis, educadores e toda a sociedade. 

É crucial reconhecer que as interações lúdicas na infância moldam percepções e valores que podem influenciar comportamentos futuros. A exposição precoce a armas, mesmo que em contextos de brincadeira, pode contribuir para a normalização da violência e para a dessensibilização em relação ao sofrimento alheio. 

Brinquedos bélicos, jogos que glorificam confrontos armados e brincadeiras que simulam atos violentos podem, de maneira silenciosa, incutir a ideia de que a agressão é uma forma válida de resolução de conflitos, e nesse sentido, o Dia do Desarmamento Infantil não se limita a pedir a retirada de armas de brinquedo. Ele clama por uma mudança de paradigma cultural. 

É preciso uma reflexão crítica sobre o tipo de conteúdo que oferecemos às nossas crianças e sobre as mensagens que, mesmo implicitamente, estamos transmitindo. É um convite para repensarmos as brincadeiras, os jogos e as narrativas que permeiam o universo infantil, buscando alternativas que promovam a cooperação e a cultura da paz.

Nesse chamado coletivo para a reflexão e ação, o SUAS através de seus serviços, como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) desempenha relevante papel para o fortalecimento da cultura de paz desde a infância, apoiando famílias na construção de ambientes protetivos, desnaturalizando a violência e promovendo espaços de escuta e diálogo.

Fonte:

https://radios.ebc.com.br/tarde-nacional/2021/04/1504-e-celebrado-o-dia-do-desarmamento-infantil

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm

https://jornalnoroeste.com/pagina/em-foco/a-naturalizacao-da-violencia-brinquedos-belicos-e-a-formacao-de-mentes-embrutecidas

https://www.jusbrasil.com.br/noticias/dia-do-desarmamento-infantil-a-crianca-des-armada/698167072

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia mais:

O SUAS Fácil é um novo começo para sua gestão no SUAS.

Obrigado, nós enviaremos mais informações via E-mail!